Ontem aconteceram-me duas coisas importantes.
A primeira começou logo de manhãzinha, acordei cedo. 8h da manhã e já estava acordado para tomar banho. Mas antes de poder tomar banho ainda tive de resolver uns 'problemas' na canalização lá de casa. Feito o que tinha a fazer, às 9h pôs-me a caminho da escola de condução, com uma chiclete de menta na boca e os phones cravados nas orelhas. Ontem foi dia de exame de código, para mim e para mais uns quantos. Cheguei lá e já estavam três pessoas à espera da carrinha da Rio Ave que nos ia levar a Braga para a sala de fuzilamento. Quando lá chegámos aquilo parecia mesmo uma sala de fuzilamento, todos encostados à parede em fila indiana... Mas já volto à sala..
Antes de sequer chegarmos a Braga tivemos de nos fazer ao caminho naquela carrinha da Rio Ave que deve ser mais velha que eu. Eu sentei-me nos bancos de trás da carrinha, mas como era a primeira vez que andava naquilo não sabia que o lugar que ia ocupar tinha o banco partido. Bem, não o banco, mas o encosto das costas; mal me encostei aquilo caiu. Então tive de alternar entre ir deitado como se estivesse numa poltrona ou ir com as costas encostadas à atmosfera, o que não é nada bom para as costas ou para o pescoço. Mas aquela viagem não teve nada de normal. Entre o stress que pairava no ar e as superstições que haviam, ninguém se calou. O Simão teimava em decorar as velocidades: "qual é a velocidade de um automóvel ligeiro de mercadorias com reboque numa via reservada a automóveis?", "e a de um automóvel pesado de passageiros sem reboque numa auto-estrada?", etc. etc.; enquanto Tânia estava apetrechada de chocolates e distribuía-os para que toda a gente comesse. Isto tudo porque no dia anterior a Dona Célia tinha-nos contado que quando tinha ido a exame tinha levado chocolates e bananas para comer durante o caminho e isso tinha-lhe dado sorte (escrevi ''tinha'' demasiadas vezes seguidas(!) ). Então lá estava eu no meio dos dois, a decorar velocidades e encher a boca de chocolates.
Chegamos à escola onde íamos fazer o exame bem antes da hora marcada e então fomos a um café qualquer beber qualquer coisa enquanto a Tânia e a Sofia continuavam a comer os chocolatitos. O Simão, o Paulo e eu escolhemos os nossos sumos e voltamos para a frente da escola onde ainda estavam as duas meninas, mas o Bertinho juntou-se a nós com a sua mini. Diz ele que era para acalmar; de mini na mão e a enrolar um cigarro. Deve tê-lo acalmado porque ele não errou nenhuma.
Voltando à sala, a sala de exame parecia uma sala de fuzilamento como já disse. Mas felizmente ninguém morreu e todos passamos, todos menos o Paulo que errou 9.. O regresso a casa foi animado porque toda a gente estava contente com a palavra "Aprovado" na folha de exame.
A Tânia, a Sofia, o Simão e eu decidimos que ontem à noite devíamos ir à aula de código na mesma, afinal ia ser a última. Foi um bocado parvo, mas não faz mal estava toda a gente contente de mais para pensar nesses pormenores.
Ah, quase que me esquecia. A segunda coisa importante que me aconteceu foi a ciesta que dormi à tarde. Três horinhas de sono, coisa que não costumo fazer muito - umas vezes porque não consigo adormecer, outras porque fico confuso depois de acordar.