Sexta-feira, 26 de Fevereiro de 2010

fechado

Ontem fui dar sangue pala primeira vez. Pelo menos tentei…

Na semana passada já tinha ido ao São João tentar dar aquilo que tenho a mais, mas nesse dia foi só “uma missão de reconhecimento”. Fui lá apenas ver como era aquilo, já que ia com uma amiga da faculdade – os dois tinha-mos intenção de dar sangue – mas ela tinha aulas naquela altura e não pode ir comigo. Então lá fui eu na minha missão e estive um bocado a falar com a senhora que prepara os papéis para sermos possíveis dadores. Eu expliquei-lhe o porquê de não dar sangue naquele dia, apesar de ela querer tirar-me o sangue todo à força (deve ser desta epidemia de vampiros). Lá a convenci que na semana seguinte voltava, acompanhado da amiga que faltava, os dois iríamos dar todo o sangue que a senhora precisa-se!

Passada a tal semana, ontem lá voltei acompanhado da D. e com a vontade toda. Nem sequer fumei um cigarro antes de ir, vejam só – apesar de não ser proibido antes de dar. Chegámos lá, preenchemos aqueles questionários – sobre doenças, comportamentos de risco e tudo o mais -, e ficámos à espera que a Senhora Médica nos chamasse. A D. foi primeiro falar com a Senhora Médica porque tinha aulas e faltava pouco tempo para começarem. Quando chegou a minha vez, fui para o gabinete da Senhora Médica prestes a ter uma desagradável conversa.

Mal cheguei lá, ela começou a analisar e a tirar apontamentos sobre o meu questionário, coisa que certamente é normal, mas chateou-me com uma coisa. À pergunta “Já consumiu drogas?”, a minha resposta foi honesta e respondi “Sim.”. A Senhora Médica repetiu-me a pergunta “Já consumiu drogas?”, ao qual eu voltei a responder “Sim.”. Seguiu-se outra pergunta, “Que tipo de drogas? De fumo ou injectáveis?”, respondi “De fumo.”. “Haxixe?”, “Erva e pólen.”, “Que tipo de erva?”, “Não sei, erva.”, “E nem sabe que tipo de erva...”.  Nesta altura pensei “Olha-me esta… Tenho que saber? Não sou jardineiro.”. Voltou a fazer-me uma pergunta, “Há quanto tempo deixou?”, “A última vez que fumei deve ter sido há mais ou menos um mês.”, mas já estava a ver para onde a conversa ia.

Depois de escrever o meu depoimento no computadorzito dela, disse-me isto “Não vai poder dar sangue, um mês ainda é pouco tempo e entretanto pode ter uma recaída.”. Aí apetecia-me drenar-lhe o sangue todo, só pela afronta, mas respondi-lhe o mais calma e educadamente que consegui, “Recaída? De quê? Eu fumo de vez em quando, quando quero. Não sou nenhum viciado.”. E não sou. Fumo porque fumo, porque tenho cabeça para isso, e porque a cabeça às vezes pede-me. A Senhora Médica respondeu-me, arrogante como desde que trocou a primeira palavra comigo, “Então fuma porquê?”, “Fumo quando quero, porque apetece-me. Não sou nenhum viciado que precisa da dose para não enlouquecer.”.

A conversa continuou mais um bocado à volta do mesmo, com a tentativa da Senhora Médica em dar-me uma lição de moral como se eu precisasse disso. Não preciso, obrigado. Ela lá me disse que não ia ser possível dar sangue, que voltasse daqui a dois meses que se calhar já era possível. “Se calhar, se não tiver uma recaída e voltar ao vício, não é *?”. Foi o que eu pensei. Mas disse-lhe que estava bem, e despedi-me com uma boa tarde. “Boa tarde, mas apetecia-me dar-te uma coça.”, lá pensei eu outra vez.

 

 

 

Isto cá anda muito fechado, as cabeças das pessoas são uma merda, que só vêem merda à frente. Qual é o problema de fumar um charro de vez em quando? Não faz mal nenhum. Não faz de ninguém um viciado. De vez em quando também apanho uma carroça, isso faz de mim um alcoólico? Imaginava que não, mas se calhar até faz… Se não tivesse consciência do que faço, bem ou mal, não tinha iniciativa para dar sangue, não foi ela que foi buscar-me à rua. Tenho a cabecinha no lugar, apesar de para ela não parecer.

 

 

para ouvir: burn one down / ben harper
publicado por la vie en long-métrage às 02:09

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Sexta-feira, 12 de Fevereiro de 2010

o vegetativo

 

Suposição: um bocadinho de exercício nunca fez mal a ninguém, e a mim também não faria de certeza. Aliás, só poderia fazer bem, porque apesar de manter sempre o meu peso regular, comendo como um leão ou passando fome, um bocado de exercício faz sempre bem aos músculos que, naturalmente, tendem a relaxar... Bem, a intenção era boa, mas o resultado não foi o melhor - apesar de ser o esperado.

Depois de vários meses em "estado vegetativo",  hoje voltei a fazer um bocado de "exercício", coisa que já andava metida na cabeça há algum tempo.

Então, cheio de boa intenção, preparo-me para um jogging noturno - nunca fui de acordar cedo, e muito menos de acordar cedo e exaltar logo de seguida as células do meu corpo - equipado a rigor, de ipod na mão, já preparando a playlist e o cronómetro..

 

Era bonito tentar embelezar esta épica tentativa de voltar à condição física dos meus 15 ou 16 anos, onde corria quilómetros atrás de quilómetros, mas hoje, uns anos mais velho e com um pouco mais de barba na cara (coisa que felizmente nunca me faltou), os "quilómetros" percorridos não foram muitos, nem sequer bonitos.

Talvez por nesta altura da minha vida já estar habituado a outras rotinas, e se calhar (quem sabe) por já ter também umas quantas gramas a mais de carvão no corpo (coisa que não estava lá anteriormente), não consegui aguentar 10 minutos de corrida sem ficar ofegante, de garganta irrita e uma tosse incomodativa.

Isto será talvez um aviso, mas recomendo a todos que sigam o que irei fazer daqui em diante: UM POUCO MAIS DE EXERCÌCIO!

Com isto, um óptimo fim de semana :)

publicado por la vie en long-métrage às 02:29

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Terça-feira, 26 de Janeiro de 2010

tenho que

Esta semana tenho que:

- começar a estudar para os exames da próxima semana

- e comprar um cinto que me segure as calças.

publicado por la vie en long-métrage às 00:23

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Segunda-feira, 4 de Janeiro de 2010

shame on me

Já que fiz das minhas férias férias, tenho dois dias para estudar para um exame. Sou mesmo fantástico, e estou fodido! :|

publicado por la vie en long-métrage às 01:18

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Domingo, 3 de Janeiro de 2010

2010

- Quando chega à meia noite do novo ano, quando tenho as uvas numa mão e o copo de champanhe na outra, quando chega a essa altura, nunca sei o que fazer com os meus desejos.

O que será assim tão importante que me faça "desperdiçar" um desejo com aquilo?

Sáude pra família, sorte nos estudos, essas coisas que até são importantes, talvez sim. E de resto? Vou pedir o quê?

Um ipod novo? Uma Cannon dos anos 80? Uma namorada nova?

Nada disso vai fazer-me perder a cabeça, nada disso é essencial para que 2010 me corra melhor.

Então, acabo por repetir desejos. Foi o que acabou por acontecer este ano.

Mas repetir desejos faz o quê, já agora? Faz com que ele se torne mesmo verdade?, ou pelo contrário dá azar e faz com que não se realize mesmo? Não faço ideia.

Talvez seja melhor fazer uma lista de desejos ao longo do ano, e quando chegar ao dia talvez posso vir a saber o que pedir.

 

Por conveniência, um óptimo 2010 e que os desejos que pediram sirvam para alguma coisa

 

para ouvir: Death Cab For Cutie - The New Year
publicado por la vie en long-métrage às 01:57

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