Where were you when we called the police?
Were you ready to go home and hard to please?
But no, you were in Portugal.
So don't come back to Stockholm no more.
Where were you when Dylan went electric?
She fell in love with an old friend from school
but no, you didn't find out what happened did you?
And don't come back to Stockholm no more.
Say what you say, I am listening, I am all ears.
But if you still believe I'm thinking of you
you are dreaming, yes you are dreaming.
Where were you when they sold their house?
I was stuck in a conversation about going out
oh no, a cigarette can't cover up the mess I'm in.
But it makes me feel less lonely. Again and again.
Say what you say, I am listening, I am all ears.
But if you still believe I'm thinking of you
you are dreaming, yes you are dreaming.
Everything you say, I am listening, I am all ears.
But if you still believe I'm thinking of you
you are dreaming, yes you are dreaming.
I don't know when she will get her child.
I asked Christian and he answered with a nervous smile;
"It's not easy, I'm not the one to say.
Why don't you fly down to her anyway?"
"Como é que se pode fazer música do contra vivendo sem desacatos e sem «overdoses»?
Já alguém ouviu falar no «som de Valongo? Eu também não. Mas era bom que ele existisse. Era bom que, assim, do meio do nada surgisse por aí - em Valongo, por exemplo - um movimento verdadeiramente radical, uma música visceral, um rock anti-rock!
Anti-rock, porquê? Porque fora de Valongo o rock anda muito atinado, muito careta. Para dizer a verdade, fora de Valongo o rock já não tem nada a ver com rock! Sim: o rock que anda agora aí já não tem nada a ver com o verdadeiro rock - o das rebeliões, das mudanças e das viragens - com o rock «do contra», o rock da revolução!
O rock parece que atinou. Parece que casou e teve filhos. Ganhou pança, bebe uísque velho, e estabilizou. Um pouco à laia do que JP Simões canta em «A Minha Geração». Em suma: o rock envelheceu, e parece que desistiu! Como é possível? Apesar de ser uma música aparentemente «jovem», praticada por jovens, com atitudes supostamente jovens, o rock perdeu a pica, perdeu a tusa, perdeu o tino. Fora de Valongo o rock está um bocejo!
Aquela música imprevisível, de momentos e consequências imprevisíveis deixou de existir. Fazer rock fora de Valongo é hoje em dia tão excitante como salivar estampilhas numa repartição de finanças. Tornou-se uma actividade banal. Uma carneirada igual às outras... A aventura de fazer um concerto sem certezas, acabou. A vida dos roqueiros fora de Valongo é tão certinha e previsível como as datas seguidas de um calendário...
Qual é a piada disto? Como é que se pode fazer música do «contra» quando, paradoxalmente, por muito que não pareça, se existe «a favor»? Como é que se pode fazer música «do contra» vivendo sem desacatos e sem «overdoses»? Como é que se pode fazer música «do contra» em concertos com camarinzinhos todos catitas, com bebidas e acepipes e, imagine-se, espelhos? Como é que se pode fazer música «do contra» perante plateias ordeiras, não-fumadoras, pagantes, e politicamente correctas?
E, no estado deplorável em que estão o mundo e as sociedades humanas (e o própio rock!) como é possível não fazer música «do contra»? Como é possível não fazer rock «do contra» ante esta chusma inigualável de políticos «lambe-botas»? Onde estão os profetas de amanhã? Onde estão os teóricos do novo século? Onde está a pulga da revolução?
Está tudo em Valongo, meus amigos. Quando o «som de Valongo» - o rock anti-rock - despertar, o mundo tremerá!" @
(texto de Gimba)