Boa viagem é um cliché. Mas não um daqueles despropositados que nenhum valor tem. Boa viagem é um bom cliché, e uma boa coisa a desejar-se a alguém.
Recentemente tenho desejado boa viagem várias vezes, e espantosamente às mesmas pessoas. Um dos meus melhores amigos tentou partir com os pais para França por duas vezes nestes últimos dias - e sim!, é um dos meus melhores amigos mesmo vivendo em França. Estamos pouco tempos juntos durante o ano, mas é um dos meus melhores amigos (só para verem como têm andado as coisas por cá). Passámos grande parte das férias juntos; partilhamos uma casa durante uma semana apenas com outro amigo; formámos os três uma banda, e ainda este fim de semana o John e eu estivemos a acabar de compor duas músicas (ele tratava da guitarra e eu das letras) - e não conseguiu seguir viagem. Espanha implicou com eles!
Quarta-feira, na primeira despedida e véspera da primeira tentativa de viagem, lá fui eu para a Amorosa despedir-me do John, dos pais dele, e da bichete claro! :D nesse dia disse pela primeira vez as duas palavras: "Boa viagem". De nada valeram! Indo eles em Espanha, o jipe decidiu avariar em Vigo. Má sorte, visto que os senhores da Mercedes tinham dado-lhes a garantia que o carro estava em perfeitas condições para a viagem. Bem, lá voltaram para trás para partirem hoje de manhã. De taxi, visto que o jipe não ia ficar pronto a tempo. Um balúrdio é claro, aquilo que eles têm de pagar numa viagem até Paris. Felizmente a companhia de seguros tem de os reembolsar.
Bem, ontem fui despedir-me outra vez de toda a gente. "Boa viagem" disse eu, mais uma vez. Acreditam que o raio do taxi também avariou?! Em Espanha! Possa, isto é má sorte! Demasiada má sorte até! Qual era a probabilidade duma coisa destas acontecer às mesmas pessoas quando há milhões de pessoas a fazerem este trajecto nesta altura do ano? Baixíssima.
Desta vez não voltaram para trás. Outro taxi foi ao encontro deles e ficou com a difícil missão de os levar a casa. Boa viagem, porra!. E que desta vez seja mesmo BOA VIAGEM. À terceira tem de ser de vez.
Nas aulas de condução, as palavras que mais vezes oiço a sair da boca do meu instrutor - retirando as vezes em que ele fala da sua vida (os electrodomésticos que avariaram,;os problemas com o vizinho da casa ao lado, que tem o jardim dele a invadir o seu; as férias com a família na Póvoa de Varzim; etc. etc...) - são "devagar" e "trava".
Eu nem acho que conduza demasiado depressa, mas gosto de "puxar" pelo carro. O problema é quando ando nas localidades e tenho de cumprir o limite.
50 km/h é demasiado pouco, e agora imagino que muita gente apanha uma seca para cumprir os limites de velocidade... Mas a solução que acho usual é mesmo não cumprir os limites, como acontece muito :b
-"ai sim? hum, eu não sabia disso :p"
-"mas agora já sabes :p"
-"tu gostavas dela nao gostavas? ;D"
-"oh Gui!"
-"siiiim!"
-"achas que gostava?"
-"eu acho que sim.
pelo menos no final do ano (quando andávamos lá) deu-me essa impressão."
-"eu tinha a impressão - na altura - que tu achavas isso ;D
mas porque é que tinhas essa impressão?"
-"ai tu pensavas que pensava isso? não sabia...
tinha porque tinha.
a maneira como falavam, estavam sempre juntos, essas coisinhas :p"
-"pensava porque acho que davas-me a entender isso.
mandavas assim umas 'boquitas' :p
eu gostava muito da Rita. e gosto, é uma grande amiga :)"
-"mandava? não me lembro, mas é provável! :p
gostavas como? a mim não me parecia que era só como amiga. até ao autocarro a levavas ~~ "
-"levava-a porque ela pedia-me para lhe lhe fazer companhia até ao autocarro chegar (a)"
-"e tu não te importavas nada :p"
-"não, erámos amigos :)
eu até me questionei se gostava dela ou não. mas não sei..."
-"talvez a visses como uma amiga especial, não sei. mas que havia algo havia :p
(vais à festa amanhã?)"
Durante os dias que passei de férias, o John, o Ed e eu, tentamos lembrar-nos de músicas intemporais. E agora de vez em quando vou publicar aqui algumas músicas (100) - que para mim são intemporais.
Esta marcou-nos as férias. É a número 1.